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Quando começar a usar?

O verão chegou e com ele a preocupação com a exposição ao sol aumenta devido aos riscos que os raios solares trazem a nossa pele. Imagine então o quão perigoso os raios solares podem ser para crianças, principalmente, bebês que tem pele extremamente sensível.

Em janeiro, a australiana Jessie Swan exibiu nas redes sociais a foto de seu filho de apenas três meses que sofreu reação alérgica após ter aplicado protetor solar, que segundo ela, era recomendado para bebês. A criança apresentou erupções cutâneas a vermelhidão na pele em todo corpo após ter o produto aplicado.

”O uso de protetor solar não é recomendado para bebês com menos de seis meses porque não há testes sobre as irritações que o produto pode causar em crianças com essa faixa de idade.”

Não por acaso, a exposição direta ao sol não é recomendada nos primeiros meses de vida do bebê. Se for sair e enfrentar o sol, é preciso proteger a criança com roupas adequadas, de preferência leves e de algodão, pois ajudam a filtrar os raios do sol. Também é recomendado o uso de chapéus e manter o bebê na sombra.

Se for passear com o bebê, opte por passeios curtos, no carrinho, protegendo-o do sol, e com duração máxima de 20 minutos.

Praia, como foi o caso da australiana, nem pensar! Férias em praias não são recomendadas para crianças com menos de um ano, pois só depois dessa idade é que elas começam a adquirir mais resistência.

Quando pode passar protetor:

O uso do protetor solar pode ser adotado a partir dos seis meses, mas com muita cautela. Dos seis meses aos dois anos, use protetores voltados para essa faixa etária e certifique-se da qualidade do produto. O ideal é conversar com o dermatologista ou pediatra da criança antes de começar a usá-los.

Dê preferência aos formulados com óxido de zinco ou ferro, que refletem a luz e agem como barreira aos raios solares, sem que haja uma grande absorção química.

Mas você não deve comprar o protetor e sair aplicando direto. Antes é preciso fazer um teste. Aplique uma pequena quantidade do produto em uma área do braço próxima ao cotovelo, por três dias seguidos, e observe se a criança não sofreu alguma reação ao protetor.

É claro que o uso do protetor solar não resolve. Cuidado ao expor a criança ao sol, não é recomendada a exposição ao sol entre 10h e 16h, período em que a exposição ao UVA e o UVB é mais perigosa.

“Além de queimaduras, a exposição ao sol pode causar envelhecimento precoce, manchas e o mais grave, o desenvolvimento de um câncer de pele”.

Dra. Miriam Sabino, dermatologista da Fit Body Pilates Spa & Estética.

  • Retirado da revista Materlife, Novembro de 2018. Edição 167.