Quem tem um bebezinho em casa sabe bem que no começo tudo é muito novo e complicado e quando os saltos de desenvolvimento do bebê acontecem, as mamães e papais tem sempre que estar atentos e renovar sua sabedoria a cada passo. Hoje trouxemos um assunto muito importante que marca momentos especiais na vida dos nenéns: a introdução alimentar.
Não existe nada como a amamentação, pois o leite materno fornece tudo o que o bebê necessita durante os primeiros meses de vida, além disso esse ato de amor entre mamãe e bebê cria um laço único e inesquecível de carinho e afeto.
Mas quando o bebê já pode iniciar sua aventura com os novos sabores, os pais precisam estar atentos e seguros para tornar essa etapa tranquila e prazerosa para a família.
Tem dúvidas sobre quando é necessário introduzir alimentos na rotina do bebê e como fazer isso? Se pode ou não temperar a comida? E muitas outras questões?
Calma mamãe e papai, nada é um bicho de sete cabeças, e nós vamos descomplicar tudo para vocês, então acompanhem conosco e vamos aprender juntos o que precisamos saber sobre introdução alimentar:
HORA DE COMEÇAR
Até os seis meses de idade, a OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza a amamentação exclusiva, sem necessidade de nenhum outro alimento além do leite materno. A partir desse momento, o paladar do bebê começa a ser formado e então é recomendado a introdução gradativa dos alimentos.
O PRATO DA FAMÍLIA
Parece bobagem mas é muito necessário que a família avalie o tipo de alimentação que está tendo em casa, afinal como poderão exigir uma alimentação saudável do pequeno quando nem mesmo vocês fazem isso?
Se observarem que a família não tem hábitos muito saudáveis, o ideal é pensar e praticar uma mudança alimentar antes que o bebê inicie essa fase.
O QUE OFERECER
Não existe uma regra sobre os alimentos que devem ser apresentados primeiramente aos babys, mas normalmente eles preferem os sabores adocicados das frutas como banana e pera ou legumes como mandioquinha e abóbora.
Mas a ideia é não restringir e apresentar tudo ao bebê: doce, amargo, azedo, salgado, pois ele precisa ter contato com diferentes sabores para aperfeiçoar seu paladar.
Por outro lado, até os dois anos de idade não é recomendado oferecer frituras, enlatados, balas, salgadinhos, café e açúcar ao pequeno.
A CONSISTÊNCIA DOS ALIMENTOS
No começo a consistência da comida deve ser pastosa e ir se solidificando aos poucos. Mas atenção: não é necessário bater no liquidificador! Basta amassar bem os alimentos com um garfo.
Depois do primeiro mês, alguns pequenos pedacinhos sólidos na papinha podem estimular a mastigação. Aaah, lembrem-se de não misturar os alimentos em uma papa única, amasse os alimentos mas mantenha eles em porções separadas no prato para permitir que o baby experimente novas texturas e sabores.
ONDE O BEBÊ DEVE COMER
É interessante tornar esse momento uma rotina em família, então o bebê pode comer junto com os pais, já que observar os outros comendo vai ajudar ele a aprender a comer melhor.
Adapte a comidinha dele para as consistências e alimentos que ele pode comer, mas sempre que puderem, ofereçam algo que a família esteja comendo também.
Nessa hora é importante lembrar de remover as distrações como TV, tablet, celulares e tudo o que possa tirar a atenção dos pais e do bebê, para não prejudicar esse momento tão importante.
O GOSTO DO BEBÊ
Se o bebê fizer careta não significa que ele não gostou do alimento, pois como tudo é novidade para ele, são naturais reações como fazer caretas e até cuspir os alimentos.
Mas caso ele recuse algum alimento, não o force a comer! Espere alguns dias e reapresente o alimento para ele. Segundo o Ministério da Saúde, é necessário oferecer o alimento por cerca de oito a dez vezes para a criança aceitá-lo.
Outro ponto muito importante: lutem contra a vontade de não oferecerem ao pequeno algo que vocês não gostem. Lembrem-se que cada ser humano é diferente e o que vocês consideram ter um gosto ruim, pode ser muito agradável para o baby. Também evitem caras feias, caretas e incentivos para que ele não goste de algo, assim vocês não limitam a alimentação da criança e ela estará sempre aberta a experimentar algo novo e desenvolver seu próprio paladar.
NÃO FORÇAR NEM CEDER
Claro que queremos que os pequenos comam de tudo e se alimentem muito bem, mas nada de repetirem aquelas frases “Ou come tudo, ou não sai da mesa” “Só vai comer a sobremesa se limpar o prato”. Essas frases devem ser evitadas pois criam na criança uma aversão ao momento de se alimentar e pode desencorajar ela nesse processo.
Cuidado com suas palavras e ações papais e mamães, tentem manter a calma e entender porque o pequeno não quer comer. Lembrem-se também de não ceder e trocar sempre a refeição por uma mamadeira, por exemplo, para não acostumar mal a criança. O melhor é retirar o prato e encurtar o tempo até a próxima refeição do pequeno.
O AÇÚCAR NA ALIMENTAÇÃO
A polêmica sobre dar um docinho para crianças é muito comentada entre a roda de mamães e papais.
E na verdade devemos esperar até ceder o contato da criança com alimentos muito doces como o brigadeiro, por exemplo. É uma difícil lição e vocês não precisam piorá-la incentivando que a criança tenha logo de cara um contato com açúcar. É ideal que no primeiro ano de vida do pequeno, o sabor doce venha apenas das frutas.
HORA DE ESCOLHER O TEMPERO
Nós estamos acostumados com comidas bem temperadas e sempre com muito sal, mas lembrem-se que os pequenos não!
Por isso é ideal que no primeiro ano do baby o sal seja substituído por temperos como salsinha, cebolinha, cebola e outros temperos naturais. A OMS recomenda cerca de dois gramas de sal por dia para crianças com mais de dois anos (dá em média, uma colher de chá). Então cabe aos pais ter o bom senso de deixar a comidinha bem saborosa mas ficarem atentos a quantidade recomendada pelos especialistas.
ATENÇÃO AOS ALIMENTOS FÁCEIS
Atenção especial aos industrializados e alimentos “fáceis” de preparar. As refeições devem preferencialmente serem feitas em casa e os pais devem estimular o contato das crianças com alimentos naturais e saudáveis.
Evitem frituras, salgadinhos, refrigerantes, alimentos com muito açúcar, sódio e corantes, pois todos eles aumentam o risco de doenças como diabetes, por exemplo, e podem ser muito prejudiciais à saúde do pequeno. O melhor é priorizar os alimentos frescos aos congelados e processados.
Ual, são muitas informações, não é mesmo mamãe e papai?
Mas garantimos pra vocês que conhecer e se informar sobre esse marco no desenvolvimento do bebê é extremamente importante para vocês papais, mas também não esqueçam que esses momentos únicos devem ser prazerosos e especiais para toda a família.